Living Lab do Parque Tecnológico conta com uma infraestrutura de
hardware e software capaz de desenvolver soluções para os problemas das cidades
Ambiente de demonstração de aplicações que simula uma área urbana, com uma infraestrutura de hardware e software capaz de prototipar e simular soluções para as cidades. Assim é definido o Living Lab do Parque Tecnológico da Bahia (LL-ParqTecBa), criado com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento dos municípios, por meio de soluções inovadoras. O equipamento é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e o Instituto Fraunhofer, da Alemanha. A sua gestão é realizada pela Associação das Empresas do Parque Tecnológico da Bahia (Aeptecba).
A gestora de Inovação e Empreendedorismo do Parque Tecnológico da Bahia, Rafaela Rodrigues, destaca que, em janeiro deste ano, foi lançado o Edital da Chamada Pública nº 0001/2023, com a finalidade de estimular o desenvolvimento, a disseminação e a troca de conhecimento em soluções de cidades inteligentes que tenham caráter inovador e que possam contribuir para o desenvolvimento das cidades baianas em áreas temáticas de interesse do Estado da Bahia. “Nesse processo, seis empresas tiveram sete soluções aprovadas para desenvolverem seus projetos em caráter de operação assistida, com foco na realização de apresentações de demonstradores”, relata.
Uma das empresas selecionadas é a ADN Tech, que apresentou o projeto “Cobrança eletrônica automatizada em pedágios urbanos e em rodovias”, tendo como principal objetivo a melhora do fluxo da mobilidade para cidades inteligentes. A Proposta inclui a utilização de uma plataforma que utiliza tecnologias como o Ciências de Dados e o IoT (rede global de objetos habilitados para a Internet que transferem dados e se comunicam entre si).
A Chargeback, por sua vez, teve aprovado o projeto “Meio de pagamentos para ativos elétricos”, que consiste na utilização de um software simulando uma situação real de recarga em uma estação prioritariamente para veículos elétricos, integrado a um aplicativo que oferece indicações turísticas e descontos em estabelecimentos próximos.
Já a General Energy ganhou o edital com uma solução de geração solar on-grid para iluminação pública ou áreas comuns em condomínios, que usa um circuito inovador chamado Nanoinversor e um painel solar acoplados a um poste de iluminação para injetar energia na rede elétrica durante o dia e compensar o consumo de cada lâmpada à noite, sem a necessidade de baterias.
A Giusoft Tecnologia foi selecionada como projeto “Robô drone para a realização de inventários e inspeções”. Trata-se de um equipamento composto por uma base robótica e um drone interligados por cabo para a realização de monitoramentos, inspeções e inventários automatizados em ambientes indoor e outdoor.
Outra empresa aprovada foi a Hive Computer Vision, uma startup que utiliza inteligência artificial para melhorar a segurança e a gestão de inconformidades. Essa tecnologia propõe soluções para detectar elementos de interesse em segurança pública e Cidades Inteligentes.
Empresas aprovadas
O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento – Lactec também está na lista das seis empresas aprovadas com dois projetos. O primeiro, “Roteador de comunicação autossustentável com supercapacitores”, é um protótipo roteador autossustentável que não necessita de conexão com a energia elétrica e é capaz de operar em regime 24 horas / 365 dias sem necessidade de manutenção, pois não utiliza baterias, podendo operar de forma contínua e ininterrupta por mais de uma dezena de anos. O segunda, “Monitoramento e rastreamento em tempo real macrófitas em reservatórios hidrelétricos”, trata de geolocalizadores para serem afixados em bancos de macrófitas, que transmitem em intervalos regulares a sua localização georreferenciada.
As empresas selecionadas estão em fase de implementação das soluções no espaço. “Duas delas já estão totalmente operacionais; quatro, em fase de finalização; e uma, em fase de processo de instalação. Foram realizados também workshops com os empresários para orientá-los sobre planos de ações e integrá-los em um trabalho colaborativo “,detalha Rafaela Rodrigues.
A gestora ressalta, também, que “o Parque Tecnológico da Bahia como um todo é considerado como uma extensão do Living Lab”. Dessa forma, afirma, serão oferecidas soluções que estarão expostas em ambiente externo, na intenção de trazer uma experiência mais próxima da realidade para o público visitante do parque. “As próximas etapas vão compreender momentos como agendamentos de visitas para apresentação dos demonstradores, podendo ter como público-alvo gestores municipais interessados em soluções para Cidades Inteligentes, empresas e sociedade civil”.
Fonte: A TARDE (publicado em 31.08.2023)