A Cultiveae é uma das 11 startups incubadas na Áity, incubadora de empresas do Parque Tecnológico da Bahia
As biólogas Aldinéia Damião e Brena Mota fundaram em 2020, a Cultiveae, uma startup, que em tradução literal significa empresa emergente. Como primeiro projeto, as empreendedoras desenvolveram a Horta Íris usando método hidropônico, que permite o cultivo sem a necessidade do solo. “Nossa ideia surgiu com a proposta de solucionar a dor daquelas pessoas que desejam ter uma horta em casa ou trabalho, mesmo que falte habilidade, tempo e espaço”, ressalta Brena.
O microverde, outro produto das biólogas, tem como objetivo incentivar as pessoas a cultivarem alimentos frescos para suas refeições. Os superalimentos, como também são conhecidos, são hortaliças ainda no período inicial de desenvolvimento, mas que, se relacionado aos cultivos adultos, podem ser até 60 vezes mais nutritivas.
O “Kit Microverdes”, com todo material necessário para o cultivo, custa em média R$20, e permite que as pessoas possam plantar e comer. O consumo é recomendado para sopas, saladas, sanduíches e até em preparo de drinks. “Eles têm uma colheita de 7 a 21 dias e tem uma bomba nutritiva em relação à planta adulta, variando de acordo com a espécie”, destaca Aldinéia.
Esta é uma ação especial para as biólogas, já que, além das casas do consumidor, elas conseguiram chegar às escolas com o kit “Minha Hortinha”, que tem materiais focados em crianças, dando um upgrade na famosa atividade escolar de plantar um feijão no algodão. “É uma ferramenta educacional, um experimento científico, no qual o professor pode explorar muita coisa. Você permite que as crianças cultivem e vejam o crescimento da raiz, caule e folha, e depois ainda comem”, explicam.
A Cultiveae é uma das 11 startups incubadas na Áity, incubadora de empresas do Parque Tecnológico da Bahia, gerida pela Agência de Inovação da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), que tem como objetivo contribuir na transformação de ideias inovadoras em negócios de sucesso. Selecionadas por meio de chamadas públicas, as startups recebem todo o suporte para acelerar o seu desenvolvimento.
Brena e Aldinéia acreditam que o processo de incubação é decisivo para atingir os objetivos da Cultiveae. “O Parque permite que tenhamos um espaço de trabalho, bem como o networking com a troca de conhecimento com outras startups. Temos ainda a possibilidade de contar com pessoas para poder crescer, tanto no mundo do empreendedorismo, quanto da tecnologia e ciência. Além disso, o Parque traz visibilidade para o projeto”, afirmam.
Fonte: Jornal A Tarde (caderno publicado em 18.09.2022)